“Ecos” consolida uma busca por identidade, dividindo-se em dois momentos. O começo, extremamente solar, fala sobre nascimentos e descobertas do mundo; e a parte final, bem soturna, é uma jornada de autodescoberta inspirada pelo estudo dos chakras. O álbum inicia com relatos reais, como o de “Já Contei ao Meu Amor”. A faixa foi composta por Bia ainda na adolescência, e mostra os ares juvenis da cantora. “Coisa de Lua” foi composta após um desentendimento amoroso, tão inspirada quanto “Cilada”, que conta uma história de amor. Quarta faixa, “Seramar” foi escrita durante uma volta de veleiro em Ilha Grande, no Rio. A percussão e a melodia foram inspiradas no motor do barco e na batida do casco nas ondas. “Jabuticaba” e “Carry On” encerram o primeiro ciclo de canções, e exibem a multiplicidade de Bia, que além do português, também compõe em inglês.
A segunda parte de “Ecos” começa com “Quem Olha de Fora”. Relacionada ao primeiro chakra, a faixa fala sobre a aceitação de si mesmo. “A Vida É Flor” é o segundo chakra e está ligada ao feminino e às emoções, assim como o terceiro chakra “Rumos”, que aborda a capacidade de realização das pessoas. “Abrigo” é o quarto chakra, do amor em suas diversas facetas. A faixa seguinte, “Indomada”, é o quinto chakra e versa sobre a capacidade de se expressar e de mudar o mundo. O sexto, “Eu Posso Ver”, é a música que conversa sobre a intuição de todos. “Ecos” finaliza com o som da faixa-título. O sétimo chakra está ligado ao divino e ao propósito de vida.
“Ecos” foi fruto de uma campanha de financiamento coletivo, com uma produção musical de Glaucus Linx, mixagem de Daniel Alcoforado e masterização de Ricardo Garcia.
Por Daniel Pandeló Corrêa
Fotos por Camila Neves